É tudo o que afeta de forma negativa o processo dos pais e/ou cuidadores de suprirem alimento e nutrientes à criança. A seletividade alimentar é um tipo de dificuldade alimentar que afeta cerca de 80% das crianças com Perturbação do Espetro do Autismo, e cerca de 30% das neurotípicas.
Pequeno repertório alimentar (menos de 30 alimentos);
Recusa alimentos dos quais gosta, quando eles são apresentados de uma forma diferente;
Fuga, agitação, medo ou náuseas diante do alimento;
Recusa a introdução de novos alimentos
Recusa de categorias inteiras de alimentos quer pela textura, aparência, sabor, cor, consistência ou temperatura;
1. Brinque com a comida
A brincadeira com a comida é uma ótima ferramenta exploratória para permitir que as crianças se sintam mais à vontade com novos alimentos, e com isso criar exposições positivas. Ao apresentar um novo alimento, os pais devem reservar um tempo para brincar com o alimento com o filho sem a expectativa de consumo. Rotule os diferentes atributos, transforme a comida em caras no prato/mesa, finja que um mirtilo é um carro rápido ou transforme-se numa morsa com presas de palitos de cenoura.
2. Crie um ciclo de fome
Se uma criança está constantemente a ‘petiscar’ ao longo do dia, por que iria querer sentar-se e comer uma refeição? Um dos primeiros passos é criar horários estruturados para refeições e lanches. As crianças pequenas devem comer três refeições estruturadas por dia e dois lanches.
3. Limite as distrações
Ouvi de vários pais – que o seu filho só come se estiver à frente da TV ou do iPad ou com brinquedos – e não posso culpá-los. Mas, quando as crianças estão ‘presentes’ durante as refeições, elas vêem vários modelos apropriados de outros parceiros (ou seja, pais e irmãos), tendo exposições valiosas a novos alimentos (mesmo que ainda não os comam). É importante que as crianças sejam totalmente participativas nas experiências positivas das refeições.
4. Experimente
Quando uma criança não consome um novo alimento apresentado nas primeiras 2-3 vezes, pode ser dececionante ou frustrante. No entanto, não desista! A pesquisa mostrou que uma criança precisa de ser exposta a um novo alimento entre 10 a 15 vezes, antes de comê-lo. Agora, isso não significa 10-15 porções, mas 10-15 vezes de exposição ao alimento. Estar exposto à comida é tão importante quanto comê-la.
5. Compartilhe uma refeição
As refeições em família são muito importantes. Elas permitem que as crianças tenham modelos alimentares apropriados, experiências positivas na hora das refeições e até mesmo que promovam habilidades linguísticas! A pesquisa também mostrou que o aumento da saúde mental, dos laços familiares e do aproveitamento académico são resultado das refeições em família. E lembre-se – por favor – não use a típica frase “não te podes levantar até limpares o prato”. Eu prometo, não funciona.
6. 30 minutos no máximo
Ao usar todas estas estratégias, tente manter o “máximo de 30 minutos” para as refeições. Após 30 minutos, as refeições podem ficar demasiado stressantes – tanto para os pais quanto para a criança!